Uma turma borbulhante




A semana segue dia após dia  e o tempo de parada escapa.
Tempo de olhar o vento tocar o corpo.
Tempo de escutar a tristeza da ilusão de  um amor.
Tempo de rir desta complicação que inventamos para dizer  "quero ser feliz".
Tempo de tempo!

Então,  ela decidiu que não esperaria o dia “certo”.
Aquele era o dia de esconder o tempo na companhia de uma espumante sem  a agenda do dia seguinte ou os ares do bafômetro!

E sentenciou às amigas: 
"quando a noite pousar,   o relógio marcará a hora de degustar  a bebida borbulhante, os sabores picantes e doces do que a geladeira guardou, e o ritmo das  vozes amigas ..."

Veio a chuva , o vento, a noite sem estrelas,  e elas!
 Chegaram com o riso das andanças  pela cidade misturado aos alegres sons musicais que as esperavam. Sem vacilar deliciaram  o tempo escondido e inauguraram a casa que se apresentava com  imagens de uma história de vida. As rolhas saltitavam  felizes com a magia de fazerem o ponteiro do tempo parar e os cristais aguardavam ansiosos pelo toque daquelas bocas excitadas.

Política; amores; trabalhos desejados; utopias vacilantes;  seduções; e tudo mais que lábios  femininos tão bem sabem musicar no embate da vida que não para. As falas se faziam de  histórias que diziam de um lugar amoroso. A amizade tocava a pele com ternura, fazendo dos  desalentos do amanhã um arrepio que passa. 

A leveza do encontro celebrou uma turma borbulhante.
 E tudo indica que as matrículas continuam abertas ...


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