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Mostrando postagens de junho, 2012

Dominó de lembranças paternas

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Dias atrás, entre "cartões postais instantâneos" do facebook,   a fotografia do pai de um amigo  me fez viajar aos acolhedores dias dessa convivência.  Neste passeio  de boas lembranças estava  o gosto  da sensação da presença paterna. Atos que envolvem desde o apoio ao nosso cotidiano até as orientações  que, independente da idade dos filhos, dizem de   sermos vistos sempre com um pé na infância.  Ter a permissão para degustar  instantes do lugar de  criança tem seu valor, afinal ser adulto 24 horas cansa… Inhotim - MG No caminho da imagem vivida  às semelhanças revividas,  as  pequenas peças enfileiradas do dominó da memória foram movimentadas. Estavam ali, em prontidão,  aguardando o toque     uma na outra, para desencadear  sentimentos na data que a vida arranja.  Passado e  presente pedindo para  marcar um encontro que se chama saudade. Quando o lugar de ser filho se ausenta pela morte dos pais experimentamos uma condição estranha. Descobrimos que

Jogando com o gerúndio

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Ando fazendo peripécias para que o estudo da língua  portuguesa tenha um tempero mais próximo do  paladar de filhos adolescentes. Já que adoro brincar com as palavras, acho meio estranho um certo  desgosto que eles manifestam com este cardápio. Claro que ao ser apresentada aos polígrafos  com aquelas explicações que cortam e recortam textos para tornarem-se sujeito, predicado, adjetivos, advérbios e por aí  vai, percebi que eu também não conseguia me encontrar entre essas opções. Entretanto, com a intensa  vontade de escrever, a necessidade de uma orientação se faz necessária,  pois muitas vezes aparecem dúvidas quanto ao modo correto de redigir. Com certeza deixo passar  alguns equívocos gramaticais ... Fico a pensar que não sou um bom exemplo aos meus filhos, pois tenho priorizado expressar   ideias na ânsia de tornar minhas inspirações uma conversa escrita. Seria possível fazer dos erros de um  texto o aprendizado  do percurso de experimentar nossa vasta língua portugu

A agenda e a borboleta

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Ela acordou  com a sensação que tinha deixado o tempo passar. Os lençóis e o cobertor faziam do relógio um artifício sem utilidade. Embalada pelo sábado  cinza achava que  o sol não apareceria para convocá-la a viver a luminosidade de um novo dia. Assim, a lista de tarefas pendentes faria do cinza trabalho.  O tempo engolido pelas   tarefas a serem vencidas seria vivido como se um novo dia não houvesse.  Mas os pontos de luz que ultrapassavam a janela convocavam o  olhar e movimentavam os   alinhavos  do  corpo com os lençóis e o cobertor. Então, levantou. Venceu o trajeto de uma  noite que  permanecia na cama  produzindo  pesadelos com olhos abertos. Fez dos fios de alinhavo o enlace com a janela. O sol inundou o quarto e deixou a escuridão passar pelo  encontro  do corpo com o dia. As linhas viraram caminhos de vento. Já não era possível vacilar diante de tal acontecimento.   A janela aproximou  as ruas que reuniam vozes  a solicitar  a companhia dos passos de mais uma caminh