A menina e a moeda

Entre o café e o pão, o queijo e a goiabada, ela e ele falavam sobre o romantismo de nossos dias. Homens e mulheres independentes e decididos com os rumos de suas vidas, mas vacilantes com seus amores. De que são feitos os castelos de príncipes e princesas que dão conta de suas vidas sem a espera do dia encantado? Ou este dia anda tão encantado - e distante - em função da exigência sem fim que os atos solitários produzem? E vai ficando para trás o acaso, a boa dose de poesia, estrelas cadentes, pequenas e inesperadas delicadezas. O castelo da razão torna a espontaneidade da entrega uma muralha do que deve ser. Entre palavras que explicam, o alegre movimento de uma criança solicita atenção. A pequena menina brincava. Passava entre os móveis e descobria em cada passo uma invenção do espaço. A c...