O gosto de um olhar
Feito
de um tempo que chega ao acaso.
Um movimento de passagem e, talvez, da própria imaginação.
Entre as armadilhas da imaginação, é preciso exercitar o lugar de detetive para percorrer a intensidade do que criamos e do que o outro está a provocar.
Entre as armadilhas da imaginação, é preciso exercitar o lugar de detetive para percorrer a intensidade do que criamos e do que o outro está a provocar.
Momentos
fugazes que dizem do que é feita a vida: pedaços apaixonantes de um tempo
que escapa. Logo ali, podem vir a ser um acontecimento.
Pouco sabemos de como nos tornamos atores da cena contida no cruzamento de olhares.
Pouco sabemos de como nos tornamos atores da cena contida no cruzamento de olhares.
De repente, acontece!
Entre passagens somos invadidos pela vontade de manter o
olhar como estação de um percurso. Desconhecemos o que nos força para este movimento,
pois ultrapassa a razão que pergunta: o que estás fazendo?
Simplesmente experimentamos.
Vivemos a intensidade do brilho de
um olhar, luz que cega qualquer outra
direção.
A sensação invasora que toca a pele e percorre o corpo é feita da presença do outro. Pulsação compartilhada ou apenas mais um capricho da imaginação?
... um pouco de cada ...
Entre os devaneios da lembrança pensamos em como a vida
poderia ser diferente se soubéssemos o que provocamos no
outro. Uma palavra generosa, uma
lágrima, um sorriso, um toque amoroso, um equívoco esclarecido, uma mão amiga, uma advertência, um abraço.
Nos movimentos
de lembrar e imaginar sentimos o gosto de uma vida com o tempero do que faz durar o presente, menos voltada para um futuro insípido
que pouco movimenta o céu da boca.
que pouco movimenta o céu da boca.
A imaginação,
ora nos faz vaguear na ilusão,
ora sinaliza novas possibilidades para nossas vidas.
ora nos faz vaguear na ilusão,
ora sinaliza novas possibilidades para nossas vidas.
O brilho de um olhar é feito da imagem que saboreia um encontro,
vida acontecendo aqui,
quem sabe acolá.
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